211 - Tributo à Vó Emília

E.... ela foi para a Casa do Pai, do verdadeiro Pai, e repousou tranquila nos braços de Nosso Pai Celestial... Um Beijo Santo Vó Emilia, nos encontramos, em breve na Casa do Pai, de seu irmão na fé, filho, amigo, admirador de tão grande fé, perseverança, dedicação e amor à família e ao Reino de Deus...

Vou para Casa - "Vó Emília" era um de meus títulos, Atributos da Vó Emília seria outro, no entanto, ficaríamos por longo tempo pensando, pensando, e não chegaríamos a uma escolha perfeita, daí nossa simples e singela homenagem e/ou tributo à nossa Querida Vó Emília, obviamente, com muita música com as quais ela gostava de louvar ao Senhor...

A pouco mais de 90 anos, no registro consta 91 anos, alguns da família diziam 92, 93 e até 94 anos veio ao mundo nossa querida irmã Emília Ibba, que carinhosamente a chamávamos de Vó Emília... E, como disse em minha Palestra do último final de semana no 32º. ECC – Encontro de Casal com Cristo de nossa IPB local, em relação à nossa vida, nós temos um prazo de validade, um visto de permanência nesta terra, pois somos forasteiros aqui, estamos de passagem, e, como diz um ditado popular, o que se leva desta vida é a vida que se leva, e o Pastor Arnildo dizia numas das reflexões, de ontem e de hoje, por ocasião do velório de nossa querida irmã, “tudo que a gente conquista em relação aos nossos bens, títulos, conquistas, tudo fica aqui, e a única que levamos, quando partimos desta jornada, quando vence o nosso prazo de validade, é aquilo que a gente foi, é ou será, o restante, fica tudo aqui” E tudo o que ela fez pela família, por todos, e, em prol do Reino de Deus, foi, única e exclusivamente por amor, com certeza! E, se isto não for amor!

Bem, a Vó Emília se foi, ontem, por volta das 10:00 h da manhã e a sepultamos hoje, às 11:00 h da manhã, deu-nos um até logo, pois foi para a sua, REALMENTE casa, pois como disse, acima, aqui estamos de passagem. "Na casa de meu Pai há muitas moradas; se não fosse assim, eu vo-lo teria dito. Vou preparar-vos lugar..." Jo. 14:2 -

E o que falar desta Grande Guerreira? Como disse um dos pastores, hoje, e também uma de suas noras, Cláudia. A conhecemos na cidade de Uraí (PR), em minha adolescência, e pouco tempo depois ela mudou-se para Campo Mourão, e aqui, terminou por fincar seu domicilio eclesiástico em nossa IPB, apesar de membra da Igreja Batista, isto deveu-se, pelo fato de uma de suas filhas haver sido discipulada por um nosso tio, Geraldo Gabriel, então presbítero da IPB em Uraí...

Vó Emília tinha todas as qualificações de verdadeira serva do Senhor, gostava, MUITO de louvar a Deus com sua voz, fraca e rouca, e, também tocar, com muitas dificuldades o seu violão, cujo professor, foi um outro irmão nosso daquela IPB, Paulo Garcia, hoje presbítero em Cornélio Procópio, o qual participava comigo de um grupo de jovens, que viajávamos por várias cidades do Paraná e interior de São Paulo, louvando a Deus com o Grupo chamado Nossa Vida Para Cristo.

Por algumas vezes que a visitei tive que levar meu violão e juntos cantarmos vários louvores ao nosso Deus.... Cânticos preferidos dela: Se não for amor, Divino Companheiro, Além do Céu Azul e Eram 100 Ovelhas.

Uma outra característica da Vó Emília era de fazer estudos bíblicos, que às vezes, passava a noite fazendo e distribuía cópias pela cidade toda, para médicos, dentistas, professores, e até pastores, pelo prédio que morava, nas ruas, bancos, e todos que a visitavam em seu apartamento, ninguém saía sem o seu devido estudo, com citações bíblicas e tudo mais, ela afirmava que aprendeu a ler na Bíblia. Era incansável no quesito de proclamar as boas novas do Evangelho, para quem conhecia ou não, independentemente de credo, cor, status ou grau de intelectualidade.

Na questão das ofertas financeiras, era, questão de fé e determinação entregar, pessoalmente os dízimos e ofertas não só em nossa igreja, como em outras também, e, eu sou testemunha, pois, a pedido dela, a acompanhei na entrega deste tipo de oferta. O Pastor João citou, hoje pela manhã um fato interessante: quando estavam construindo o novo templo da igreja, foi feita uma campanha de arrecadação de fundos para tal, e, ela trazia, mensalmente e religiosamente seu dinheiro, entregava, pessoalmente, para o pastor João dizendo ser uma oferta à parte, para a construção da igreja, que era pouco mas que era, com amor. Interessante que depois do templo pronto, ela continuava levando sua oferta e o Pastor dizia para ela que não precisava mais, pois a igreja já estava pronta e ele respondia que não tinha problema, pois haveria outras construções e continuava depositando sua oferta para construção....

Ficaríamos horas e horas contando algumas facetas de nossa querida irmã, e, como disse o Pastor Arnildo e Pastor João, hoje, durante o culto: Falar da Vó Emília é muito fácil, pois ela foi, sempre, muito honrada, honesta, pura, dedicada à obra de Deus, nesta terra, e no amor aos filhos, netos, bisnetos e tataranetos, e qual seria o maior sonho da vida dela, além de suas atividades, acima, e desde dia (ontem), do encontro final com Jesus?

Pois bem, o maior sonho da vida dela, além de tudo o que foi dito, acima era o mesmo de minha mãe, ou seja, ver, TODOS, os filhos, com o compromisso firmado junto a Deus, independentemente de cada um deles estar ou não cumprindo os anseios de sua genitora, fica o meu recado em relação aos sonhos de nossa querida Vó Emília. Foi bom estar com você, e até breve, pois nos encontraremos, um dia, em nossa Mansão Celestial, com certeza. Tombou uma guerreira na terra, levantou-se uma grande serva do Senhor no Céu...

"Combati o bom combate, completei a carreira, guardei a fé." 2Tm.4.7 – Este texto está escrito no túmulo de minha querida avó, Mãe Júlia, na cidade de Uraí, e, com certeza, caberia, MUITO BEM, no túmulo de minha querida Vó Emília...