domingo, 27 de julho de 2014

249 - GANHAR MUITO DINHEIRO É BOM OU RUIM?

Pergunta boba, poderiam alegar muitas pessoas! Obviamente, desde os primórdios de nossa civilização, a tendência mundial é ganhar dinheiro, ser feliz, e, viver muito, nesta ordem! Tivemos muitas guerras de nação contra nação, no intuíto de conquistar, serem mais poderosos, e até os dias de hoje se fala, muito, em uma Ordem Mundial, ou seja, um único ser humano dominar todo o planeta. E, não vamos entrar em maiores detalhes, por não ser esta a mensagem deste post.
A nivel mundial, tivemos a conquista do Oeste, com a febre do ouro, (no Brasil, o Garimpo da Serra Pelada), qualquer indícios de petróleo reacendem febre do ouro negro, em qualquer lugar do mundo, no Brasil também ocorreu a febre do ouro verde, com a descoberta das Esmeraldas, pelos Bandeirantes e a cultura do Café; Afinal, o Brasil é capitalista, o mundo/o ser humano é capitalista, e, normalmente, em qualquer parte do mundo se vale mais pelo que tem do que pelo que é.
Voltando ao nosso título, ganhar dinheiro é bom ou ruim? Com certeza a maioria das pessoas dirão que é MUITO BOM ter MUITO DINHEIRO, e, eu diria que estas pessoas não estão de todo erradas, pois dinheiro não é tudo, mas ou trás a felicidade sim (pelo menos que momentânea, enquanto por aquí estivermos, ou ajuda muito na nossa felicidade e facilita demais as coisas prá gente.
No entanto, como afirmei, acima, o dinheiro é muito bom mas não é tudo, e pode ser bom para uns, indiferente para outros e até ruim para determinadas pessoas. Conta-se uma estória que um cidadão trabalhou a vida toda e se tornou muito rico, então transformou seus bens todos em barras de ouro, e os enterrou em um local onde só ele sabia, e todos os dias ia lá ver e conferir suas barras de ouro, e, isto ocorreu por longo tempo. Então certa feita no local onde estava enterrada sua riqueza, qual foi sua surpresa ao chegar no local de suas barras de ouro, lá só encontrou barras de pedras, então ficou muito louco e a chorar e murmurar e lamentar-se encontrou um homem que lhe respondeu ser desnecessário aqueles prantos, pois a finalidade para o qual queria suas barras de ouro não havia sido comprometida, pois tanto fazia ser ouro, prata, diamantes, ou seja lá o que for, era para ficar enterrada então era indiferente se fosse barras de pedras ou de barro, o efeito era o mesmo, ficar enterradas.
Eu tenho um irmão que trabalhou a vida toda e conseguiu ter uma vida abastada, tem casa própria, comércio com sede própria, um bom carro, e muita grana em caderneta de poupança, assim como sua esposa, que tem uma conta separada. Detalhes: esse meu irmão, não passeia, não viaja, não vai em festas, o bom carro que tem foi em face da insistência de sua filha, caso contrário teria uma Belina velha até os dias de hoje, afinal não investe e nem usufrui do dinheiro que tem, sua vida se resume em levantar às 3:00 h da manhã, trabalhar o dia todo, e ir para cama às 20:00 h. Lembra um pouco a história, acima. O dinheiro não faz diferença nenhuma em sua vida.
Outros, trabalham, trabalham, ficam ricos ou milionários e mendigos ao mesmo tempo, minha última agência do banco, antes de me aposentar foi em Ubiratã (PR), e lá conhecí duas pessoas muito ricas, um era fazendeiro, plantava mais de 500 alqueires de soja, e a garagem de seus maquinários era mais chique que sua casa de residência, onde eram mobília muito velha, uma TV de 20 polegadas, roupas de cama parecidas com de uma pensão muito medíocre, e, no entanto, este camarada tinha 80 sanfonas ou acordeons, e, até que tocava muito bem, tinha uma com pedras de diamantes em seu baixo, e, que lhe custou, na época mais de R$ 200.000,00 (durma-se com um barulho deste, rsrsrsrs); Para ele o dinheiro lhe dava oportunidade de usufruir de algumas coisas, mas de outras não.
Um outro camarada que tinha alguns milhões aplicados em nossa agência, obrigava o gerente anterior a levá-lo de carro aos quatro cantos da cidade para pedir coisas em lojas, farmácia, e até catando do lixo, afirmando que o governo era obrigado a dar as coisas para ele que pagava seus impostos. Este camarada, me lembrava de um personagem da Escolinha do Professor Raimundo (Chico Anísio na Globo) e eu o chamava de Salim Muchiba, nunca se casou, pois só se casaria com uma mulher que topasse em dividir as despesas da casa com ele. Tinha terras e várias casas de aluguel na cidade, onde ia pegar as laranjas (às vezes podres) do quintal para levar par ao pessoal o Banco. Nunca foi visitar o seu país (Líbano) para não gastar. Recentemente fiquei sabendo que faleceu e todo o seu dinheiro é objeto de briga judicial por seus irmãos. Para este o dinheiro só fez mal.
E, finalmente já conhecí algumas pessoas, nestas andanças pelo Brasil, fazendo carreira no meu trabalho, que o dinheiro é muito bom, e o camarada, realmente usufrui dos frutos de seu trabalho. Tenho um amigo que conhecí em minha viagem para Europa, África e Ásia, que fez um propósito com Deus, de visitar Israel todos os anos, e, é muito bom isso, crioum uma empresa de ferragens, onde apesar de não ter muito estudo, contrata muitos engenheiros para sua firma, que trabalham para ele, e, se encontra muito bem financeiramente, e, hoje viaja para o mundo todo. Também faço alguns cursos de E.Commerce, onde meus mentores, que ganham muito dinheiro, estão, constantemente, postando vídeos, com suas viagem ao redor do mundo. Outros têm boas casas, bons carros, viajam muito, e ajudam a muitos, o que é o mais importante. Enfim o dinheiro é bom para eles e para todos que os rodeiam. A grana têm utilidade sim, e, é muito bom ganhar muito dinheiro.
Bom o que fica de lição para nós? Como diz o internauta Rodrigo Stankevicz:
Vivemos na sociedade da urgência, há pressa para tudo, precisamos das coisas para “ontem”. Prazos para cumprir, metas a alcançar… Nada pode esperar. Além disso, nossa agenda está repleta, não há mais espaço para nenhum evento. Então, em meio a tantas atividades e urgências, surge uma pergunta interessante: Quais são nossas prioridades? Estamos sendo fiéis a nossos valores?
Jesus diz em Mt 6:21 “Onde está teu coração aí está teu tesouro”. Oscar Wilde refletia: “Viver é a coisa mais rara do mundo. A maioria das pessoas apenas existem”. E alguém disse uma certa feita: O Tempo é um produto NÃO RECICLÁVEL. Na correria do dia a dia, é comum nos esquecermos que somos humanos, que temos coração e sentimentos, e o mais importante, nem sequer lembramos de nossos semelhantes ou que professamos uma fé.
Por diversas ocasiões, nosso coração pula de “galho em galho”, isso quando não cria asas e voa longe da base de nossas estruturas fundamentais. A urgência e as atividades cotidianas demasiadas são como parapentes usados para nos desterrar e nos distanciar dos valores fundamentais. Quantas vezes, nos pegamos longe da intimidade com Deus e da oração diária? Quantas desculpas esfarrapadas inventamos para deixar de ir à igreja? Isso demostra que nosso coração já alçou voo há muito tempo desses princípios de vida, tidos como indispensáveis desde a infância.
Assim, a terra habitada por Jesus, em nosso coração, vai ganhando ídolos e mais ídolos. Um programa de TV, um jogo de futebol, o vídeo-game, o computador ou o celular são mais importante de que a oração, que a meditação na Palavra de Deus; se tornando mais prioridades; as noites de sexta-feira se tornaram rotina e trocamos a doce fragrância de Cristo pelo hálito de cerveja e bebidas alcoólicas nas baladas da vida. Tudo vai ganhando destaque em nossa vida, e Aquele que deu a vida por nós é colocado em segundo plano.
Deste modo, com o passar do tempo, nosso coração assemelha-se a uma caçamba de entulhos na calçada da esquina, nossa vida parece mais divertida, porém, ao mesmo tempo, parece sem sentido algum. Acabamos nos tornando pessoas amarguradas, duras, egoístas e individualistas, pois as ideologias contemporâneas varreram para fora da casa do nosso coração as Palavras de Vida Eterna de Cristo.
Quando sobra um tempinho, olhamos para dentro de nós e percebemos que nossa essência já foi por ralo abaixo há muito tempo, e só pensar em voltar já se torna algo impossível a nossos olhos, pois perdemos as referências, afastamo-nos dos modelos de vida que nos inspiravam. Tornou-se sonho a velha vontade de estar diante do altar de Deus em oração, transformando-se em uma grande utopia: Há mais de 2.000 anos, no Oriente, “Um homem, sendo Deus, nasceu, cresceu, viveu, sofreu, foi crucificado e morreu, (ressuscitando ao 3o. dia, foi assunto aos céus, de onde virá para buscar a Sua igreja) para pagar pelos pecados da humanidade, e, eu, não posso olhar para uma ovelha, uma andorinha, um lírio, um campo de trigo, uma vinha, uma montanha, sem pensar n’Ele”. Jesus agora é um estranho, a Sua Palavra é fel e dura, politicamente incorreta.
O dinheiro não deve ser encarado como um fim em si mesmo. É apenas um meio pelo qual se alcançam alguns valores da vida. Por outro lado, não podemos minimizar sua importância. É justo que se trabalhe, se esforce e que se poupe certa quantidade para momentos imprevisíveis e para outras necessidades da vida. Economizar visando a um futuro melhor para os filhos é um dever dos pais, e os filhos aprenderão a gastar construtivamente e a dar a devida importância ao dinheiro.
Determinação de viver dentro dos rendimentos. Precauções devem ser tomadas para que as despesas do lar não ultrapassem ao que se ganha. Se há descontrole nas finanças, se os pais excedem nos gastos, é claro que no final do mês haverá dificuldades financeiras. E, não se esqueça, NUNCA:
1. O amor ao dinheiro não é bom (eu disse amor ao dinheiro, a cobiça, diferente de gostar e precisar ganhar dinheiro, eu disse colocar o seu coração no dinheiro - "Porque o amor ao dinheiro é a raiz de toda a espécie de males; e nessa cobiça alguns se desviaram da fé, e se traspassaram a si mesmos com muitas dores." I Tm 6:10
2. As dificuldades no lar - "O que agir com avareza perturba a sua casa, mas o que odeia presentes (subornos) viverá." Pv 15:27
3. O desapontamento - "Quem amar o dinheiro jamais dele se fartará; e quem amar a abundância nunca se fartará da renda; também isto é vaidade." Ec. 5:10
4. Insensatez - "Como a perdiz, que choca ovos que não pôs, assim é aquele que ajunta riquezas, mas não retamente; no meio de seus dias as deixará, e no seu fim será um insensato." Jr 17: 11
5. Miséria - "O vosso ouro e a vossa prata se enferrujaram; e a sua ferrugem dará testemunho contra vós, e comerá como fogo a vossa carne. Entesourastes para os últimos dias." Tg 5:3, e
6. Apostasia - "Mas os que querem ser ricos caem em tentação, e em laço, e em muitas concupiscências loucas e nocivas, que submergem os homens na perdição e ruína." I Tm 6:9
Enfim, quais respostas temos para nós mesmos? Qual tem sido a sua prioridade, os seus valores? Sabemos quais são nossos tesouros fundamentais? Este deve ser o ponto de partida de todas essas indagações seja a reflexão acerca da vida, das atitudes, de quanto estamos valorizando o que nos é caro, como a família, os relacionamentos, a vida comunitária, o olhar voltado para Deus.
A partir disso, podemos fazer o exercício de, todos os dias, agradecer a Deus pela vida e, orar para que tenhamos objetivos claros em relação à vida com Deus e com os nossos semelhantes. E lembrar que, antes da afirmativa de Jesus, Ele nos ensinou a orar: "Pai Nosso que estais nos céus, Santificado seja O teu nome..." - Aí está o ponto de partida perfeito, a oração.

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